São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 1995 |
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Gaúchos vão à Justiça contra propaganda de supermercado Personagem Gaúcho aparece como homossexual em TV Catarinense SILVIA QUEVEDO
Segundo o presidente do CTG, Oscar Giaretta, 45, o movimento tradicionalista gaúcho do Estado espera que a veiculação da propaganda na mídia seja proibida. No final deste mês, a Federação do Movimento Tradicionalista Gaúcho de Santa Catarina deverá aprovar "moção de repúdio" à rede de supermercados Angeloni, que promove a campanha em horário nobre de televisão. Em um dos comerciais, o personagem do gaúcho, vestido a caráter e com pose de "machão", simula bater na equipe que o prepara para ser o garoto-propaganda do supermercado. Ele se recusa a usar maquiagem e a colocar o microfone porque não gosta de "enfeite". Ao final, lembrando a "velha amizade e a cordialidade" do supermercado, afirma: "(...) e é por isso que eu sempre digo pro meu marido Oscar: 'Vamos lá no Angeloni, que é lá que eu gosto de comprar minhas coisinhas". Oscar Giaretta classificou o comercial como "altamente deplorável". Ele diz querer descobrir qual é a "profundidade" do anúncio, já que seu nome é Oscar. Fora dos círculos tradicionalistas, o comercial também foi visto com reservas. Para o comerciante gaúcho Gustavo Fontes, 34, morador de Florianópolis há cinco anos, a propaganda estimula a rivalidade entre gaúchos e catarinenses. "Quem não é, não gosta de ser chamado de homossexual. Acho que os gaúchos, um contingente muito grande em Santa Catarina, devem promover um boicote à essa rede de supermercados", diz. Texto Anterior: CPI também quer apurar denúncias no Detran Próximo Texto: Banda de meninos de Pernambuco grava com compositor Ivan Lins Índice |
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