São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 1995 |
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Venda de eletroeletrônicos cai 31,7%
FÁTIMA FERNANDES
Fabricantes de eletrodomésticos registram as maiores retrações nos condicionadores de ar (19,1%); nos freezers horizontais (15,7%); nos refrigeradores (13,8%); e nos fogões (11,3%), no período. A indústria de áudio e vídeo vê o ritmo de vendas cair nas seguintes linhas: radiorelógio (31,7%), toca-disco a laser (15,4%), radiogravador (13,2%) e aparelhos de som (7,5%), no período. "O céu já não está tão brilhante para o setor. Está mais opaco", diz Roberto Macedo, presidente executivo da Eletros, que reúne 24 indústrias eletroeletrônicas. Ontem, Macedo fez um balanço dessas empresas. Na sua análise, o que passou foi a euforia de compras por parte do consumidor. Se a venda de alguns produtos caíram, diz ele, a de outros até aumentaram em fevereiro sobre janeiro. Um caso que surpreendeu foi o de secadoras de roupas. Os fabricantes comercializaram 137,7% mais em fevereiro do que em janeiro. "Mas vale lembrar que o volume de vendas ainda está menor do que o de 1991." As vendas de fornos microondas aumentaram 37,7% e a de videocassete 26,8%, no período. Para Macedo, é fato que o consumo está mais fraco e isso aconteceu por três razões: as medidas do governo para conter as vendas, o fato de o consumidor ter esgotado a sua capacidade de endividamento e sazonalidade do período. Macedo diz que os empresários do setor trabalham com a expectativa de faturar no primeiro trimestre deste ano menos do que no último trimestre do ano passado. Ele diz que há neste momento quase que um equilíbrio entre a oferta e a demanda. "Isso é sadio." Segundo Macedo, a indústria eletroeletrônica de forma geral não está programando corte na produção. "É que o ritmo das fábricas tende a ser muito mais estável do que o de vendas." Os empresários do setor, continua ele, apostam que o consumo se manterá estável até o final deste semestre. Macedo diz que os empresários do setor eletroeletrônico estão pedindo para o governo a volta do consórcio. "O consórcio ajuda no planejamento da produção e também o consumidor, que se vê obrigado a pagar juro alto na compra a prazo." Texto Anterior: Nós queremos o contrato coletivo de trabalho Próximo Texto: Cade adia decisão sobre fusão de siderúrgicas Índice |
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