São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 1995 |
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Circuito vira show-room tecnológico
RODRIGO BERTOLOTTO
Usado como laborátorio de testes de novas gerações de motores, o campeonato de F-1 importou tecnologia de outras categorias, como a balança a laser da Indy. O sistema de controle das equipes pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) inclui sensores de largada, cromatógrafo gasoso para testar os combustíveis usados, balança a laser e um verificador dos softwares usados pelas escuderias. Esses aparelhos de fiscalização se tornaram ainda mais importantes depois que a FIA proibiu uma série de acessórios que eram permitidos a temporada passada. O objetivo da entidade é reduzir a velocidade dos carros e aumentar a segurança dos pilotos. É também uma tentativa de diminuir as diferenças entre as equipes. Os principais itens banidos são o controle de tração e a suspensão ativa. O sistema de controle de largada é formado por antenas colocada 3 cm abaixo da superfície do asfalto nas listras do grid de largada e de sensores instalados na parte anterior dos carros. Esses sensores mandam ondas de rádio para as antenas, que passam a informação para uma mesa na torre de controle do autódromo. Após a volta de apresentação, os sensores são zerados e depois acionados simultaneamente com o sinal de largada. Se algum piloto queimar a largada, logo os comissários de prova saberão. Até a temporada passada, o único recurso para conferir a largada eram as imagens de vídeo. A tecnologia foi desenvolvida pela empresa suíça Tag-Heuer, especializada em aparelhos de precisão, que também fornece o sistema de cronometragem eletrônica da modalidade. Outra máquina nas mãos da FIA é o cromatógrafo gasoso, onde os combustíveis de todas as equipes serão analisados para constatar se houve ou não alteração. O aparelho mostra uma curva de vaporização do fluído, que deve ser a mesma do combustível apresentado por cada equipe no começo da temporada para a entidade máxima da F-1. Esse utensílio tem origem norte-americana e é fabricado pela Hewlett-Packard, conhecida internacionalmente por suas calculdoras científicas. O recurso mais avançado a ser inaugurado é a balança dos carros. A máquina norte-americana é uma balança de precisão, semelhante a usada nos anos anteriores, acoplada a um aparelho que por meio de raio laser verifica as dimensões de partes dos carros que tem tamanho restringido pela FIA. Antigamente, os comissários perdiam muito tempo medindo spoilers e aerofólios. A outra novidade é o verificador de software das equipes. Os carros utilizam dispositivos com controle computadorizado. Alguns deles foram proibidos, como a suspensão ativa (que mantinha uma distância constante entre carro e pista) e o controle de tração (que evitava que o carro patinasse em alta velocidade). O verificador será conectado com o software de cada equipe para rastrear se esta utilizou os recursos não permitidos. Técnicos ingleses ligados à Federação Internacional de Automobilismo controlarão toda essa maquinaria. Texto Anterior: Márcio Santos pode ir para o Barcelona; São Paulo deve processar juiz; Júnior Baiano será julgado pelo TJD; Emelec derrota o Nacional no Equador; Pepe assume como técnico do Guarani; Torcedor morre em partida em Santos Próximo Texto: AS NOVIDADES EM INTERLAGOS Índice |
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