São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 1995
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Desvende a pé o passado de Hollywood

DO "THE NEW YORK TIMES"

Passeio deve incluir a Calçada da Fama, o monumento às mulheres no cinema e um hotel que reunia astros
Por US$ 25 você pode tomar um ônibus diante do Teatro Chinês e visitar o bulevar Hollywood. Mas, como acontece com Los Angeles, para conhecer as maravilhas da principal avenida comercial é preciso "fuçar" —e isso requer uma atividade que não é normalmente associada à cidade: andar.
Estendendo-se por cerca de 1.500 metros entre a avenida La Brea e a rua Vine, a Calçada da Fama é o coração do bulevar.
No total ela cobre cerca de quatro quilômetros —o bulevar desde a rua N. Gower até a avenida Sycamore e as ruas Vine e Yucca, até o bulevar Sunset.
A cada duas pedras da calçada, uma tem encravada uma estrela com o nome de uma celebridade gravado em bronze. Um símbolo indica em que meio a pessoa se tornou famosa: cinema, televisão, rádio, discos ou teatro.
Atualmente existem cerca de 2.000 pedras como essas. Quatrocentas estrelas ainda não receberam o nome de uma celebridade.
O critério para a homenagem é uma prova de superioridade no ramo profissional, mais algum registro de serviços à comunidade.
Foi a Câmara do Comércio de Hollywood que criou a Calçada da Fama e hoje a administra em conjunto com a Curadoria Histórica de Hollywood.
Um novo monumento na esquina da avenida La Brea com o bulevar Hollywood, em contraste, exemplifica outro tipo de projeto.
O "Gateway to Hollywood" (Portão de Hollywood) é composto por quatro cariátides prateadas de cujas cabeças brota um domo.
Concebido como um tributo à mulher no cinema e representando atrizes de raças diferentes —Dorothy Dandridge, Mae West, Dolores Del Rio e Anna May Wong, como indicam as placas na base de cada estátua—, a escultura parece um punhado de enormes ornamentos de capô de carro.
Duas quadras para leste, passando a avenida Sycamore, você pode se refugiar do calor na mais antiga sorveteria de Hollywood, a C.C. Brown's, que tem um extraordinário sundae com calda de chocolate.
O teto de zinco e os bancos com encosto reto lembram a época de sua inauguração, em 1906.
O hotel Roosevelt, do outro lado da rua no quarteirão seguinte, data de 1927. O folclore local fala de Erroll Flynn inventando coquetéis na barbearia, Clark Gable dando entrevistas nas salas do andar de cima e Bill (Bojangles) Robinson ensinando Shirley Temple a sapatear na escadaria do saguão.
Um balcão funciona como um museu dos primórdios do cinema. O nascimento de Hollywood neste local —que na época era a região de Cahienga Valley— é descrito em uma sequência cronológica.
Também estão em exibição algumas das primeiras câmeras, revistas e fotografias da execução de filmes como "As Vinhas da Ira".

LEIA MAIS
Sobre Los Angeles nas págs. 6-23 e 6-24.
Tradução de Gladys Wiesel

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