São Paulo, sábado, 25 de março de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Professores de SP fazem greve a partir de 2ª

DA REPORTAGEM LOCAL

A partir de segunda-feira 6 milhões de alunos do 1º e 2º graus da rede estadual de ensino de São Paulo ficarão sem aula devido à greve de professores.
A paralisação foi decidida em assembléia na tarde de ontem na praça da República (região central). Segundo a PM, 3.000 professores estavam no local. A Apeoesp (sindicato de professores do Estado) calcula que pelo menos 10 mil participaram da manifestação.
Ao todo, são 240 mil professores em todo Estado. Eles reivindicam piso emergencial de três salários mínimos (cerca de R$ 210,00) e política de reposição de perdas para chegar ao piso do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que é de cerca de R$ 800,00.
O governo oferece aos professores iniciantes piso de R$ 111,00 mais R$ 69,00 de gratificações, totalizando R$ 180,00.
"Queremos aumento do piso e não das gratificações. O governo vem adotando essa fórmula para reajustar nossos salários, mas ela é perversa e destrói o plano de carreira do magistério", disse Paulo César Pinheiro, 45, diretor da Apeoesp.
Os professores são contra o aumento das gratificações porque ele iguala o salário de quem está iniciando a carreira ao dos professores veteranos.
Isso acontece porque as gratificações diminuem de acordo com o tempo de serviço.
Os professores que recebem o piso, por exemplo, têm R$ 69,00 de gratificação. Já o um professor em fim de carreira recebe R$ 16,00 de gratificação para um piso de RS 164,00. No fim, ambos terminam recebendo R$ 180,00.
A próxima assembléia está marcada para 31 de março (sexta-feira), na frente do Palácio dos Bandeirantes (sede do governo).
A secretaria de Estado da Educação, Rose Neubauer, afirmou ontem que vai continuar a negociação com os professores, apesar da greve.

Texto Anterior: Nome do aluno pode não constar do exame final
Próximo Texto: Assaltante levou tiro de pistola, mostra o laudo da exumação
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.