São Paulo, sábado, 25 de março de 1995
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Preços sobem 0,54% nos supermercados

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Os preços voltaram a subir pela sétima semana consecutiva nos supermercados. O reajuste foi de 0,54% entre 15 e 22 deste mês. Nas últimas sete semanas os reajustes acumulados atingem 2,79%.
Nos hipermercados o aumento da semana foi de 0,86%. Os dados são do Datafolha, que pesquisa 100 itens em 18 supermercados e 18 hipermercados de São Paulo nos setores de alimentos, produtos de higiene e de limpeza.
Apesar do aumento das últimas semanas, os preços médios praticados pelos supermercados estão apenas 0,65% acima dos do início do ano, devido à queda de preço ocorrida em janeiro. Nos hipermercados os preços são, em média, os mesmos do início do ano.
Poucos são os produtos com aumento de preços nos supermercados nas últimas semanas. Entre eles, papel higiênico, leite e seus derivados. A diminuição de promoções, no entanto, forçou o estreitamento das diferenças nas margens de comercialização.
No início do Plano Real a diferença máxima de preço de um mesmo produto chegava a 600% entre um supermercado e outro. No início do ano estava em 240%. Na pesquisa desta semana foi reduzida para 168%.
A próxima semana poderá ser um período sem novos aumentos, na previsão de Firmino Rodrigues Alves, presidente em exercício da Associação Paulista de Supermercados. As vendas estão fracas e as promoções podem aumentar, inclusive as de carne, afirmou.
Para este mês as estimativas de crescimento nas vendas podem não se concretizar. Os donos de redes de supermercados estão refazendo seus cálculos e muitos já apostam em retração em relação ao mês anterior.
Os alimentos básicos voltaram a cair nesta semana. A redução foi de 0,38% em média nos 23 itens acompanhados pelo Datafolha. O avanço da safra de arroz no Rio Grande do Sul começa a refletir nos preços. O arroz agulhinha tipo 2 caiu 2,55% na semana. Com o aumento de oferta os supermercados devem colocar ainda mais este produto em promoção.
As carnes de frango e de porco também estiveram em queda, inibindo a evolução dos preços da bovina.
Entre as altas, a mais significativa da semana foi a do tomate (46,36%).

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