São Paulo, sábado, 25 de março de 1995 |
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Barrichello obtém tempo em volta 'cega'
MAURO TAGLIAFERRI
O corredor teve de usar o carro de seu companheiro de equipe, o irlandês Eddie Irvine, para buscar a classificação. Como Irvine é mais alto que Barrichello, Barrichello tinha de optar entre alcançar os pedais ou enxergar. "Se levar em conta todos os problemas que tive hoje (ontem), o 11º lugar não foi tão ruim assim", afirmou o piloto. O drama do brasileiro começou logo na primeira volta do treino classificatório. O motor Peugeot de seu Jordan estourou na curva de acesso à reta dos boxes. "Isso não havia acontecido antes, nos 5.000 km de testes que fizemos", disse Barrichello. As causas da quebra não foram divulgadas pela equipe. "Ainda estamos tentando descobrir exatamente o que aconteceu", disse Eddie Jordan, dono da escuderia. Especula-se, no entanto, que tenha havido uma falha na bomba de óleo, a qual teria deixado de alimentar o motor. Barrichello voltou para os boxes. Àquele momento, ele não tinha nenhuma volta cronometrada. A preocupação da equipe era o piloto depender exclusivamente do treino de hoje para se classificar para a prova de amanhã. No caso de chuva, seria impossível fazer um tempo que não fosse 10% superior ao do pole, o que tiraria o piloto da prova. "Por isso mandamos o Irvine ceder seu carro para o Barrichello", disse Eddie Jordan. A equipe ainda foi favorecida pela bandeira vermelha —que interrompeu o treino— devido ao acidente com Schumacher, o que deu tempo para preparar a estratégia para o final do treino. Assim que a sessão foi reiniciada, Irvine foi para a pista e fez o tempo de 1min22s370 Faltando dez minutos para o final do treino, Barrichello entrou no carro de Irvine —já que é proibido usar carro reserva em treino— e foi tentar uma volta rápida. Conseguiu ainda ser mais veloz que o irlandês: 1min23s350. Texto Anterior: Wendlinger retorna à F-1 Próximo Texto: Capacete lembra Ayrton Senna Índice |
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