São Paulo, sábado, 25 de março de 1995
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'Forrest Gump' esperou nove anos pelo sucesso

DA REDAÇÃO

Houve um tempo em que Gump não era Tom Hanks, sua amada Jenny seria interpretada por Demmi Moore e o diretor Robert Zemeckis estava longe de ser um dos responsáveis pelo grande favorito da noite de entrega do Oscar nesta segunda-feira: "Forrest Gump".
Com 13 indicações ao prêmio, o filme já rendeu em 36 semanas de exibição, apenas no mercado americano, US$ 310 milhões. Só no último final de semana sua bilheteria superou os US$ 2 milhões.
A história de "Gump" começa em 1985, quando a produtora Wendy Finerman leu o manuscrito de um desconhecido escritor do Alabama, contando a fantástica história de um homem que participa, ainda que acidentalmente, dos mais importantes fatos da vida política e social dos EUA.
Em dezembro do mesmo ano Finerman, agora ao lado de Wiston Groon, autor do livro, tentava um acordo com a editora Doubleday para levar a história ao cinema. Quem a recebeu naquele dia foi Jacqueline Kennedy Onassis, que trabalhava na editora.
Os mais cotados para o papel eram Chevy Chase, Michael Keaton e Robin Williams. Apesar das esperanças, nenhum grande estúdio se interessou.
Cinco anos depois o "Projeto Gump" retorna. Ainda pela vontade de Finerman e da Paramount, que assume o projeto e escolhe Barry Sonnenfeld (de 'A Família Addams') para tocar o filme. Sonnenfeld é quem mostra o livro para Tom Hanks.
Mas não é desta vez que "Forrest Gump" sai do papel. Quem abandona projeto agora é Sonnenfeld, convencido a realizar a "Família Addams 2". Entra Robert Zemeckis.
Depois de quatro estouros no orçamento (e com Demmi Moore e Nicole Kidman disputando o papel de Jenny) "Gump" talvez alcance, na próxima segunda-feira, o reconhecimento da crítica americana. E talvez consiga também entrar para a história como um dos mais premiados de Hollywood. "O mais irônico filme produzido pela indústria que eu já vi", como disse Quentin Tarantino.

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