São Paulo, sábado, 25 de março de 1995
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Líderes negros sul-africanos exigem que rainha Elizabeth devolva jóias

ROGÉRIO SIMÕES
DE LONDRES

Líderes da comunidade negra da África do Sul exigiram ontem que a rainha Elizabeth 2.a devolva todas as partes do diamante Cullinan, o maior já encontrado, entregue de presente ao rei britânico no começo do século.
A exigência aconteceu durante visita da rainha a Durban, quando ela usava dois broches com pedras tiradas do famoso diamante. No início da semana, outros líderes sul-africanos já haviam solicitado a devolução das jóias.
O diamante foi base para a confecção de duas das mais importantes as jóias da família real britânica: a Grande Estrela da África, que está no cetro real, e a Segunda Estrela da África, menor, da coroa britânica.
O jornal de Durban "Business Day" publicou ontem um editorial em que afirmou que as jóias poderiam pagar a construção de uma cidade para a população pobre da região. O jornal sugeriu que a cidade fosse chamada de Elizabethville, em homenagem à rainha.
O diamante Cullinan foi encontrado no dia 26 de janeiro de 1905, em uma mina próximo a Pretória. A pedra foi enviada no mesmo ano para Londres, onde foi examinada por vários técnicos e pelo rei Edward 7.o.
Dois anos depois, o diamante foi oferecido ao rei, como presente pelo seu aniversário, quando ele completou 66 anos. Eduardo 7.o recusou de início, mas acabou aceitando a pedra.
Além das duas jóias, no cetro e na coroa, cinco broches, um colar e um anel pertencentes hoje à rainha têm partes do diamante Cullinan.

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