São Paulo, domingo, 26 de março de 1995 |
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Tucano tenta mudar imagem
EMANUEL NERI
Seus dois primeiros projetos de peso foram divulgados na semana passada. O primeiro foi o início de seu programa de parceria com a iniciativa privada. O alvo inicial são as rodovias, com previsão de R$ 1,4 bilhão de investimentos. O segundo projeto de impacto foi o plano de reestruturação das estatais do setor elétrico para posterior venda. Juntas, as três empresas elétricas paulistas —CESP, Eletropaulo e CPFL —têm patrimônio de R$ 15,8 bilhões e faturamento anual de R$ 7,7 bilhões. Covas tem uma série de outros projetos para anunciar. O plano de privatização de empresas, que ele tratou com timidez durante a campanha eleitoral, terá destaque a partir de agora. Já estão na Assembléia Legislativa os projetos que autorizam a venda da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) e da Codasp (Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo). O Ceagesp é o maior centro de revenda de alimentos da América Latina. A Codesp conta com maquinário agrícola para locação a prefeituras e agricultores paulistas. Também estão sendo vendidos oito hotéis e estâncias hidrominerais. Na esteira das primeiras privatizações, serão anunciadas novas vendas de estatais. Inicialmente arredio a privatizações, Covas foi convencido por auxiliares e pela precária situação financeira do Estado de que deve enxugar ao máximo a máquina administrativa. No plano do governador, estão previstas a reestruturação e venda do controle acionário de empresas do porte da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e da Comgás (Companhia de Gás de São Paulo). Passam pelo mesmo plano a parceria com empresários na Fepasa (Ferrovia Paulista S.A.), CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e Metrô. Empresas poderão construir estações do Metrô em troca de sua exploração. Texto Anterior: Cesp quer vender 4.000 imóveis Próximo Texto: Centrais procuram redefinir seu papel Índice |
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