São Paulo, domingo, 26 de março de 1995
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EUA vencem duelo contra Cuba no Pan

EDGARD ALVES
ENVIADO ESPECIAL A MAR DEL PLATA

O confronto entre as duas potencias esportivas das Américas, Cuba e EUA, que prometia ser a atração dos 12º Jogos Pan-Americanos, não marcou a competição.
O Pan termina hoje com disputas de triatlo, incluído pela primeira vez nos Jogos, boxe e judô e a cerimônia de encerramento.
Cuba chegou perto, mas não repetiu a campanha de Havana-91, quando superou os norte-americanos nas medalhas de ouro.
Naquela oportunidade, ganharam 140/ouro, 62/prata e 63/bronze (total de 265), e os EUA terminaram com 130/ouro, 125/prata e 97/bronze (total de 352).
Faltando duas etapas —a de ontem e a de hoje—, os EUA já tinham 20 medalhas a mais que em Havana, das quais 148 de ouro.
Cuba, ao contrário, atingia 86 de ouro e o total de 191, com 56 delas de prata e 49 de bronze.
Mesmo não levando os melhores times em várias modalidades, os EUA voltam a comandar o Pan.
Só não haviam vencido em Havana e na primeira edição dos Jogos, em 1951, quando os anfitriões, argentinos, reinaram.
A Argentina ratificou a tradição de que os promotores dos Jogos dobram o número de medalhas da sua conquista anterior.
Em Havana-91, conseguiu 55 (11/ouro, 15/prata e 29/bronze). Até sexta, tinha 133 (32/ouro, 38/prata e 63/bronze). Continuava atrás do Canadá.
México e Brasil lutam pela quinta posição. Mesmo que vença a disputa, a delegação brasileira ficará um posto atrás daquele que ocupou há quatro anos.
O desempenho em Havana foi o melhor que a equipe já conseguiu no Pan (21/ouro, 21/prata e 37/bronze). Até sexta, tinha 16/ouro, 22/prata e 28/bronze.
Com uma delegação maior do que as anteriores, a campanha marca um retrocesso.
Vôlei, masculino e feminino, e futebol, deram vexame. Apresentaram-se com times muito fracos.
Natação, atletismo, judô e tênis de mesa se salvaram. A natação teve 2 recordes pan-americanos e 12 sul-americanos.
Nas competições individuais, o mesatenista Cláudio Kano superou a marca do nadador Djan Madruga (5/prata e 6/bronze) e passou a ser o novo recordista brasileiro de medalhas no Pan: 12 (7/ouro, 3/prata e 2/bronze). Outro mesatenista, Hugo Hoyama, divide a liderança nas conquistas de ouro, com 7.
Ao Comitê Olímpico Brasileiro restaram críticas pela falta de uniformes. Velejadores questionaram contratos de patrocínio e fundos de bingo de sua confederação.
Às vésperas da Olimpíada, o esporte brasileiro andou para trás.

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