São Paulo, domingo, 26 de março de 1995
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Brasil tem três sistemas de transmissão

DA REPORTAGEM LOCAL

Quase tão numerosos quanto os canais oferecidos pelas TVs pagas são as formas como eles são transmitidos: por cabo, via ar ou por satélites diretamente para o assinante.
Existem, atualmente, no Brasil, três formas de transmissão: cabo, DTH em banda C e MMDS. Tanto TVA como Net operam nos três sistemas, em praças distintas.
No primeiro sistema, a programação vai da operadora até a casa do assinante por meio de um cabo. Ele pode ser coaxial ou óptico —em São Paulo, a rede da Multicanal foi construída com cabos do primeiro tipo, e a da Net SP, com cabos do segundo tipo.
O sistema DTH é operado principalmente pela Net Sat. Nessa forma de transmissão, antenas parabólicas instaladas na casa do assinante captam imagens diretamente do satélite. No caso da Net Sat, o satélite utilizado é o Brasilsat B1 em uma frequência batizada de banda C.
São os mesmos satélite e frequência que as emissoras em VHF (Globo, SBT etc.) utilizam para mandar sua programação às retransmissoras espalhadas pelo país.
O MMDS funciona como o VHF ou o UHF: o assinante capta os sinais distribuídos por uma retransmissora com uma antena normal.
Tanto os diretores da Net e TVA como o consultor Rubens Glasberg, editor de revista "Pay TV", concordam que os três sistemas continuarão a ter espaço no Brasil, devido às diferenças geográficas e de concentração de população e renda do país.
Em São Paulo, por exemplo, graças ao nível de renda dos habitantes e à série de elevações que a cidade possui —que dificultam a transmissão via ar—, o cabo deve dominar o mercado.
Já no Acre e no Amazonas, o DTH pode ser o único sistema economicamente viável.

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