São Paulo, terça-feira, 28 de março de 1995 |
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Para relator, a flexibilização do petróleo não passaria hoje
FRANCISCO SANTOS
Para a aprovação da emenda são necessários 3/5 dos votos da Câmara e do Senado, em duas votações em cada uma das casas. Lima Netto disse que será necessário um tempo para as forças favoráveis ao projeto se articularem melhor e previu que a votação possa ocorrer ao longo do mês de maio. "Meio perdido" Na visão do deputado, o governo ainda "está meio perdido" por se encontrar no começo do seu trabalho. Mas ele disse estar certo que entre as forças governistas, pelo menos o PFL votará em bloco a favor do projeto. O deputado disse que a emenda terá também a seu favor votos de partidos mais à esquerda, como o PPS e o PV. Do lado contrário, ele está certo que estarão o PT, o PDT e o PC do B. O simples fim do monopólio é defendido por 20% na Câmara e 19% no Senado, enquanto 31% da Câmara e 26% do Senado querem manter o monopólio como está. O deputado Roberto Lima Netto foi presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) no período em que a empresa foi preparada para a privatização (90/92) e nos primeiros meses da sua gestão privada (1993). Durante o período em que presidiu a CSN, ele publicou vários artigos defendendo o fim do monopólio estatal do petróleo da forma como ele existe (a Petrobrás é a sua única executora). Eleito deputado na última eleição, Lima Netto foi escolhido para relatar a emenda da flexibilização do monopólio. Ele afirma que a Petrobrás só terá a ganhar com a mudança, deixando de investir em obras caras, como a construção de refinarias, e podendo injetar mais recursos em pesquisa e produção de petróleo em áreas onde já tem amplo conhecimento, especialmente a Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, a maior região produtora do país (cerca de 60% do total). Texto Anterior: Vida de cachorro Próximo Texto: Comissão aceita reeleição para Executivo Índice |
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