São Paulo, terça-feira, 28 de março de 1995 |
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Militar não sobe morro na 2ª fase da ação
ROBERTO MACHADO
Segundo o governador, os militares voltarão a patrulhar "as vias públicas e as áreas estratégicas" do Estado imediatamente após a assinatura do convênio, que vai vigorar por prazo indeterminado. O anúncio da nova Operação Rio foi feito na tarde de ontem, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras (zona sul), após uma reunião do governador com o novo comandante militar do Leste, general Abdias da Costa Ramos. O secretário de Segurança Pública do Estado, general Euclimar da Silva, e o chefe do Estado-Maior do CML (Comando Militar do Leste), Gilberto Barbosa, também estiveram presentes à reunião de ontem. Alencar destacou que os militares vão auxiliar a PF (Polícia Federal) no patrulhamento dos aeroportos e portos do Estado. "Todo mundo sabe que o Estado do Rio não produz drogas. É urgente que se fiscalize as nossas fronteiras", disse o governador. "A integração entre as Polícias Estaduais, a Polícia Federal e as Forças Armadas será o objetivo principal dessa nova Operação Rio. Teremos mais organização e consequência nas ações", afirmou Alencar. Alencar afirmou que as Forças Armadas darão apoio a eventuais ações policiais, mas que não pretende reeditar a estratégia da primeira versão da Operação Rio, caracterizada por operações militares em morros e favelas. "Não vamos envolver as Forças Armadas em subidas aos morros, em ações apenas de saturação. Vamos agir com muito mais articulação desta feita", disse. O governador afirmou também que não descarta a hipótese de solicitar, futuramente, ao presidente da República a promulgação do estado de defesa no Estado. "Estou disposto a recorrer a todos os instrumentos legais —e o estado de defesa é um deles— para impedir o agravamento do medo que está possuindo a população do nosso Estado. Mas este não é o momento, de jeito nenhum." Outra novidade na área de segurança pública anunciada por Alencar foi a extensão do projeto Policiamento Comunitário —em curso atualmente apenas no bairro de Copacabana (zona sul)— para os bairros de Santa Teresa (região central) e Barra da Tijuca (zona sul). No Policiamento Comunitário, um representante da Polícia Militar e outro de uma associação do bairro traçam planos para o policiamento na região. O projeto é patrocinado pelo movimento Viva Rio. Texto Anterior: Cúpula decide priorizar atividades comerciais Próximo Texto: PF continua despreparada Índice |
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