São Paulo, terça-feira, 28 de março de 1995
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Dentista estuda dentadura estável e que não prejudica a pronúncia

VINICIUS TORRES FREIRE
DA REPORTAGEM LOCAL

Dentista estuda dentadura estável e que não prejudica a pronúncia
As dentaduras tradicionais devolvem os dentes a quem os perdeu, mas têm uma contra-indicação: dificultam a articulação normal das palavras, especialmente daquelas compostas pelas letras t, s, d, que exigem o uso dos dentes e língua. Estas próteses também apresentam outro problema: são pouco estáveis.
Uma dentadura que é moldada na própria boca do paciente permite corrigir estes problemas: se mexem menos na boca e não atrapalham a fala. O dentista Arnaldo Pomílio pesquisou a recuperação desta disfunção fonética em seu mestrado na Unicamp.
Constatou que, em 30 dias de uso, a reabilitação da fala é de pelo menos 75% com as próteses moldadas na boca, maior do que no caso das tradicionais.
As dentaduras fabricadas de acordo com a fisiologia da boca, as estudadas por Pomílio, são pouco utilizadas no Brasil.
Estas próteses se adaptam às forças musculares da boca, que mantêm os dentes nas suas posições corretas. Para que isso ocorra, esta estrutura que segura os dentes artificiais é moldada na própria boca. O material é termoplástico: endurece e se plastifica em contato com o calor.
Fabricadas deste modo, as próteses dentárias são "personalizadas". Nas próteses comuns, a dentadura fica mais "solta" e se movimenta. Isto ocorre porque na técnica convencional a dentadura é esculpida fora da boca do paciente: é ele que tem de se adaptar ao corpo estranho em seu organismo.
Para avaliar a eficiência das dentaduras "moldáveis", Pomílio gravou e estudou a fala de um grupo de 16 desdentados antes e depois do uso das novas próteses.
(VTF)

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