São Paulo, quarta-feira, 29 de março de 1995 |
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Receitas crescem 10,71% em março
CARI RODRIGUES
Conforme a Folha apurou, o governo já tem estimativas de que a arrecadação chegará a R$ 6,2 bilhões, ultrapassando em 600 milhões o recolhimento de fevereiro deste ano —R$ 5,6 bilhões. O resultado da arrecadação em março, segundo as estimativas do governo, representa um crescimento global de 40,9% se comparado com o mesmo período de 1994 —R$ 4,4 bilhões. Mas, a arrecadação em março ainda ficará abaixo da registrada em janeiro, que foi de R$ 6,5 bilhões. Ou seja: um decréscimo de 5%, que significa cerca de R$ 300 milhões a menos nos cofres do Tesouro. Segundo os estudos do governo, o aumento da arrecadação de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) em março, com o aumento da venda de automóveis, será um dos itens mais importantes no fechamento dos dados finais. O IPI e o IR (Imposto de Renda) correspondem a 50% da arrecadação total dos impostos do governo federal. A estimativa de arrecadação de R$ 6,2 bilhões em março deixa o governo ainda mais otimista, porque este número representa uma diferença de R$ 1 bilhão se comparado a dezembro de 1994 —R$ 7,2 bilhões. Foi em dezembro que a Receita Federal apresentou o melhor desempenho durante todo o ano de 1994. Este é um dos meses com melhor performance de arrecadação devido, entre outros efeitos, ao aumento do consumo e a incidência do IR na fonte sobre o 13º salário. É meta do governo obter, em 95, um excesso de arrecadação de aproximadamente R$ 2 bilhões. Isto facilitará o equilíbrio das contas públicas, já que o déficit orçamentário está estimado em R 9,5 bilhões. Funcionalismo Anteontem, o presidente FHC sancionou projeto de lei que limita em 60% da receita líquida as despesas com pessoal ativo e inativo da administração direta e indireta para a União, Estados, Distrito Federal e municípios. Texto Anterior: Governo recua e altera medida provisória Próximo Texto: Senado discute abono de faltas em sessão secreta Índice |
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