São Paulo, quarta-feira, 29 de março de 1995 |
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Pai perde tutela do filho e faz um refém em tribunal
ABNOR GONDIM
Segundo a Guarda Judiciária do TJE e a Polícia Militar, Francisco só se rendeu e desistiu da idéia de atear fogo no prédio e matar a funcionária depois de negociações com o presidente do Tribunal, Manoel Christo Alves, e duas juízas. A Guarda Judiciária informou à polícia que o comerciante queria se vingar da assistente social por ter perdido a ação de tutela. Ela deu parecer contrário ao pedido do comerciante. Segundo a Guarda Judiciária, o comerciante entrou no prédio "disposto a tudo". Invadiu a sala de Nazaré Mendonça com duas facas. Uma faca foi colocada à altura do pescoço da funcionária. Ele estava também com uma garrafa de álcool e cinco bombas de fogos de artifício. De acordo com a polícia, "em um momento de fúria" ele jogou álcool na parede do tribunal e na funcionária. Com um palito de fósforo aceso, ameaçava atear fogo no álcool espalhado e acender as bombas. O terceiro andar do prédio do tribunal ficou isolado por policiais militares do Comando de Operações Especiais, composto por atiradores de elite. Eles não tentaram libertar a refém porque os magistrados assumiram a responsabilidade pelas negociações. Durante as negociações, o comerciante dizia que estava tomando aquela "atitude extrema para exigir justiça". Ele se rendeu após ser convencido pelos magistrados de que poderia recorrer da decisão judicial. Francisco de Assis Reis não quis falar com a imprensa depois de ter se entregado à PM. Ele foi preso e vai responder a processo por tentativa de homicídio. Texto Anterior: Corregedoria investiga escutas ilegais Próximo Texto: Brasil e Argentina unificam lei antitráfico Índice |
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