São Paulo, quinta-feira, 30 de março de 1995
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Estudo sobre a Vale fica pronto em 40 dias

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social), Edmar Bacha, disse ontem em Belo Horizonte que dentro de 40 dias a comissão de privatização terá concluído os estudos referentes à desestatização da Companhia Vale do Rio Doce.
A partir desses estudos, segundo Bacha, serão publicados os editais de convocação para as empresas interessadas em adquirir o controle acionário da estatal mineradora.
O leilão de privatização da Companhia Vale do Rio Doce, no entanto, deverá ocorrer em 1996.
"A partir de um amplo debate público, acredito que ao longo do próximo ano a privatização da Vale deva acontecer", disse.
Segundo Bacha, um dos integrantes da equipe econômica que montou o Plano Real, quando Fernando Henrique Cardoso era ministro da Fazenda no governo Itamar, não há lentidão no processo de privatização.
"O processo não é lento, mas compatível com a sua importância", afirmou Edmar Bacha.
Bacha participou na manhã de ontem da abertura do seminário "Brasil-95, uma agenda para o século 21".
Falando sobre o tema "A economia brasileira e seu novo padrão de desenvolvimento", ele afirmou ser "essencial" a privatização para o crescimento da economia.
"Cabe ao setor privado exercer a atividade econômica e ao governo regular essa atividade", disse o presidente do BNDES, assinalando que a privatização vai permitir ao governo reduzir a dívida interna e executar investimentos necessários em infra-estrutura.
Para ele, a retomada do crescimento no país está também atrelada às reformas constitucionais atualmente em debate no Congresso. Essas reformas devem trazer um ajuste fiscal efetivo e possibilitar o aumento de investimentos produtivos no país.
Bacha disse que o Plano Real é um "sucesso" e que o governo está comprometido em dar continuidade ao trabalho para se chegar à definitiva estabilização da economia. "A volta da inflação é coisa do passado", disse.
Sobre o efeito da crise mexicana, ele disse que o governo adotou medidas de correção compatíveis.

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