São Paulo, quinta-feira, 30 de março de 1995
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Professora recebe R$ 152 do Estado

"Esse salário não dá para nada"

DA REPORTAGEM LOCAL

Aos 46 anos, 11 de magistério, formada em administração de empresas, Maria Luiza Guadanhin ganhou no dia 7 R$ 152 pelas quatro horas diárias —20 horas por semana— dedicadas à Escola Estadual Julio Ribeiro (zona sul de São Paulo).
"Fui trabalhar na rede estadual acreditando que o novo governo tomaria medidas imediatas para melhorar o salário", diz Guadanhin, que leciona na 4ª série do 1º grau.
Professora da rede municipal de ensino desde 83, ela recorreu este ano a uma estratégia usada pela enorme maioria dos professores públicos: empregou-se também no Estado.
Desta forma, os professores conseguem "equilibrar" as variações salariais que ora atingem a rede estadual, ora a municipal, dependendo do governo em comando.
Mas as expectativas de melhorias salariais com o novo emprego foram frustradas. "Esse salário não dá para nada. Não dá para esperar quatro anos para as coisas melhorarem", afirma Guadanhin.
Com dois filhos adolescentes, ela diz que o dinheiro que ganha no Estado "não dá nem para pagar o curso de auxiliar de enfermagem da minha filha".

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