São Paulo, quinta-feira, 30 de março de 1995
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Estrangeiros no Burundi deixam o país

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Mais de 300 ocidentais fugiram ontem de Bujumbura (capital do Burundi), com medo da violência étnica entre tutsis e hutus.
O primeiro-ministro Antoine Nduwayo divulgou o que disse ser uma campanha para promover a paz. Mas houve relatos de pelo menos dois ataques na província de Cibitoke (noroeste).
Entre os ataques, uma emboscada matou dois soldados do Exército dominado por tutsis. Pelo menos 200 habitantes morreram em combates na última sexta-feira.
Cerca de 200 franceses deixaram o país na terça-feira, e um avião levantou vôo ontem de Bujumbura cheio de cidadãos belgas.
Três belgas, inclusive uma criança, morreram há dez dias em um ataque supostamente deliberado contra estrangeiros.
O Conselho de Segurança da ONU manifestou ontem "profunda preocupação" com a violência, mas não tomou atitude concreta.
O premiê Nduwayo disse que tentaria desarmar o país e reconciliar tutsis e hutus. E acrescentou que queria criar aldeias tutsis para os refugiados.
O governo da França, que enviou 2.500 soldados a Ruanda no ano passado, enviou ao Burundi o ministro da Cooperação, Bernard Debré, e faz pressão por uma intervenção internacional.

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