São Paulo, sexta-feira, 31 de março de 1995 |
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Rússia exige reformas em base brasileira
CRIS GUTKOSKI
"É um empreendimento interessante, mas não posso dizer que tudo está pronto", afirmou após a visita, anteontem. Koptev disse que será necessário aprontar a plataforma de lançamento dos foguetes e também o que chama de "edifício de cargas úteis" —uma sala para os satélites, onde podem ser feitos testes com combustíveis. Autoridades brasileiras já haviam expressado o desejo de arrendar a base para que outros países lancem foguetes a partir dela. Pela proximidade com o Equador, os lançamentos exigem menos combustível. O diretor-geral da Agência Espacial Brasileira, Ajax Barros de Melo, disse que "são grandes" as chances de um convênio entre russos e brasileiros para pesquisas. Koptev e Melo afirmaram que o próximo passo será constituir um grupo de estudos a fim de analisar as vantagens e desvantagens que a base de Alcântara oferece. O engenheiro russo fez uma comparação irônica sobre o número de peritos em pesquisa espacial que este grupo de estudos deverá reunir no Brasil. Koptev lembrou que em recente convênio entre Rússia e EUA foram mobilizados 170 peritos. "Se reunir 170 peritos brasileiros para analisar esta cooperação, paralisariam no país todos os trabalhos relacionados à atividade espacial", disse, prevendo que o grupo de estudos terá de 10 a 20 pessoas, "dependendo do empenho do governo brasileiro". Texto Anterior: Polícia Federal quer reconstituição de atentado à bomba na OAB-MG Próximo Texto: HIV resiste sem mutação a AZT Índice |
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