São Paulo, sexta-feira, 31 de março de 1995
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Pouco público compromete segunda noite

LUIZ ANTÔNIO RYFF
ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR

A segunda noite do 2º Panorama Percussivo Mundial começou com o Teatro Castro Alves com a lotação pela metade e terminou, depois de três horas e meia, com o auditório quase vazio.
Naná Vasconcelos abriu a noite tocando berimbau e discursando. Ele isentou a organização do Percpan de responsabilidade pela ausência de dois grupos (Doudou N'Diaye e Bharata Muni ficaram de fora por problemas políticos).
Ele deu lugar à norte-americana Layne Redmond que abusou novamente dos pandeiros e repetiu seu vocalise monocórdico, mântrico.
Em seguida, o grupo uruguaio La Calenda explicou a diferença entre os tambores. O repique faz o solo, o chico é o mais agudo e mantém o tempo, e o piano é o mais grave e mantém a base.
No final da apresentação tocaram com Adama Dramé (Costa do Marfim). Dramé fez uma apresentação que levantou o público extraindo sons de seu Djembé —um tambor com três apêndices com argolas funcionando como guizos.
Os maranhenses do Fogo De Mão fizeram um show folclórico, com roupas típicas. Tocaram com pandeirões (maiores e sem guizos), matracas (espécies de baquetas) e tambor de criola. Além de chocalho, cuíca, bumbo e pandeiros normais. Como no samba, o apito é usado para a marcação.
Os cubanos de Los Muñequitos fecharam a noite com cantos ioruba e rumba.
Quando terminaram a apresentação convidando os outros participantes, havia quase tanto gente no palco quanto na platéia.

O jornalista LUIZ ANTÔNIO RYFF viajou a convite da organização do festival

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