São Paulo, sábado, 1 de abril de 1995
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Túnel ficou a 2 m da muralha

DA FOLHA VALE

Os 700 presos rebelados no Presídio 1 de Tremembé começaram a cavar no domingo um túnel para tentar fuga durante a rebelião.
O túnel foi descoberto na vistoria que a PM realizou no presídio após o término da rebelião.
O buraco tem aproximadamente 20 metros de comprimento e foi cavado partindo de um dos pavilhões do presídio no sentido da muralha lateral, que fica de frente para a estrada velha Taubaté-Pindamonhangaba.
Segundo o agente penitenciário Márcio Klos, 26, se os presos conseguissem cavar mais dois metros eles estariam fora do presídio.
Os presos usaram pás e picaretas para cavar o túnel. Os materiais ficavam guardados na sala de administração do presídio.
No túnel, os presos improvisaram uma ligação para energia elétrica. Além de luz, eles instalaram ventiladores no local.
A PM investigava ontem à tarde a existência de um segundo túnel cavado pelos presos.
Maria Macedo de Carvalho, 58, de Ourinhos, está em Tremembé desde o começo da rebelião, no último domingo. Ela é mãe do preso Bartolomeu Botelho, 38, preso em São Sebastião, por latrocínio.
O único contato que Maria teve com filho foi uma carta que recebeu antes da rebelião.

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