São Paulo, sábado, 1 de abril de 1995
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J.P. Morgan compra 30% da D.B. Brinquedos

FERNANDO CANZIAN
DA REPORTAGEM LOCAL

A J.P. Morgan Capital Corporation comprou 30% do capital da rede de lojas D.B. Brinquedos esta semana. Com a entrada do novo sócio, a D.B. Brinquedos pretende aumentar de 31 para 100 o número de lojas no Brasil e em outros países do Mercosul.
Há uma semana a J.P. Morgan comprou 8,5% da Wembley, holding brasileira com duas empresas no setor têxtil (Coteminas e Wentex).
A norte-americana Leigh Anderson, vice-presidente da J.P. Morgan, diz que a crise mexicana está abrindo novas oportunidades de negócios na América Latina. Os preços de empresas na região estariam caindo devido à retração dos investidores estrangeiros.
"No nosso caso, não importa o que vai acontecer na próxima semana. Trabalhamos a longo prazo", diz Anderson.
A J.P Morgan, subsidiária do banco norte-americano J.P. Morgan & Company, também tem participação de 10% no Mappin e 15% na Latasa (fabricante de latas de alumínio) -adquiridas no final de 1993.
No caso da D.B. Brinquedos, não está sendo revelado quando o banco pagou pelos 30% da empresa. Com o dinheiro que entra com a operação, a D.B. pretende consolidar-se como a maior rede de varejo de brinquedos do país.
A D.B. é uma empresa de 400 funcionários e responde por 10% das vendas totais de brinquedos no Brasil (US$ 600 milhões no mercado oficial).
Adelino Pimentel, presidente da D.B. Brinquedos, afirma que parte dos novos investimentos na empresa serão destinados à informatização de todas as lojas e à aplicação de novas técnicas de gerenciamento.
Nos próximos cinco anos, a D.B. quer ter pelo menos uma loja em cada uma das grandes capitais do país.
Pimentel disse que o negócio com a J.P. Morgan foi a quarta tentativa da empresa de aliar-se a um sócio com capital para expandir os negócios. A D.B. já havia negociado anteriormente com dois grupos nacionais e outro estrangeiro.
No total, a J.P. Morgan tem US$ 600 milhões investidos em empresas ao redor do mundo. Cerca de 20% estão na América Latina.
Os investimentos na região começaram no início da década de 90, depois que a J.P. Morgan já havia ramificado negócios pela Europa. Neste momento, a empresa está abrindo subsidiária em Hong Kong para procurar oportunidades na Ásia.

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