São Paulo, sábado, 1 de abril de 1995
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Maior destroço do Airbus tem três metros

DA "REUTER"

Corpos estendidos pela neve, metais retorcidos, roupas e bagagens se espalharam pelo chão após a tragédia do Airbus da companhia aérea romena Tarom, que caiu ontem ao norte da cidade de Bucareste, a capital romena.
O acidente ocorreu às 3h11 (em Brasília), minutos depois da decolagem do avião, matando todos os 59 ocupantes que seguiam para Bruxelas, na Bélgica.
A cena vista nos arredores da pequena cidade de Balotesti foi descrita como desoladora.
Mãos e outras partes do corpo das vítimas foram encontradas espalhadas por toda parte, misturadas aos restos do avião.
Não foi encontrado nenhum cadáver inteiro.
"Não quero nem tentar imaginar como os pobres coitados se sentiram durante o mergulho", afirmou um funcionário do Ministério dos Transportes, presente ao local da queda.
Uma grande explosão foi ouvida quando o Airbus tocou o solo, abrindo uma enorme cratera. Nada sobrou do avião.
Seus restos se espalharam por um raio de um quilômetro.
O nariz em forma de cone do Airbus A310 foi o maior responsável pela formação da cratera.
Um dos motores do avião, batizado "Mutenia" ficou quase enterrado no solo recém-arado.
A atmosfera no local do desastre estava carregada. Um comboio de ambulâncias voltou em silêncio para Bucareste depois que a equipe de resgate desistiu de encontrar sobreviventes.
A direção do aeroporto de Otopeni gozava de péssima reputação, mas buscou recentemente atingir os níveis do resto da Europa, em cooperação com uma companhia alemã.

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