São Paulo, domingo, 2 de abril de 1995
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Indisciplina ameaça clássico

MÁRIO MOREIRA; WILSON BALDINI JR.
DA REPORTAGEM LOCAL

A indisciplina pode prejudicar o clássico entre Corinthians e Palmeiras hoje, às 16h, no Pacaembu. Pelo menos é o que aponta o retrospecto das duas equipes.
Dentre os 22 escalados para o jogo, 11 -o equivalente a um time- estão "pendurados" com dois cartões amarelos (o terceiro implica suspensão automática).
No Corinthians, encontram-se nessa situação o lateral-direito Vítor, o meia Souza e os atacantes Marcelinho, Fabinho e Marques.
Além disso, a equipe terá três desfalques por suspensão: Bernardo e Silvinho, expulsos diante do Bragantino, sábado passado, e Viola, punido com dois jogos por ter recebido o cartão vermelho contra o São Paulo, há 15 dias.
No Palmeiras, estão "pendurados" os laterais Índio e Roberto Carlos, o zagueiro Cléber e os meio-campistas Amaral, Flávio Conceição e Paulo Isidoro.
O único desfalque do time hoje também se deve à indisciplina: o meia Lozano, expulso quinta-feira contra o União São João.
O Corinthians é, até o momento, a equipe mais indisciplinada do Paulista. Em 12 partidas, acumula 41 cartões amarelos e 8 vermelhos.
O volante Bernardo (cinco amarelos e um vermelho) é o terceiro colocado na lista dos mais faltosos do Paulista. Ele comete, em média, 4,6 infrações por partida.
Já o Palmeiras recebeu 28 cartões amarelos e 8 vermelhos, o sétimo no ranking da indisciplina.
O volante Amaral é o quinto na lista dos mais faltosos, com a média de 4,1 infrações por jogo.
O curioso é que o Palmeiras faz mais faltas que o arqui-rival: 27 a 25, em média.
Como os corintianos têm mais advertências, pode-se concluir que cometem faltas mais violentas.
O clássico de hoje reúne, também, as linhas ofensivas mais "problemáticas" da competição.
Os atacantes corintianos acumulam um cartão vermelho e dez amarelos; os palmeirenses, um vermelho e três amarelos.
Palmeiras e Corinthians têm, ironicamente, dois dos cinco jogadores mais caçados do campeonato: Rivaldo, que sofre 5,5 faltas por partida, e Zé Elias, 4,7.

LEIA MAIS
Sobre o Campeonato Paulista nas págs. 3 a 5

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