São Paulo, domingo, 2 de abril de 1995
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Audi desbanca BMW e ganha 'mauricinhos'

DA REPORTAGEM LOCAL

O mundo dos "mauricinhos" também ficou um pouco mais difícil com a nova alíquota de importação. Os modelos da marca alemã Audi, a preferida da turma, também estão mais caros.
Nem por isso, a marca dos quatros círculos deve perder seu atual reinado entre garotões bonitos, saudáveis e -claro- ricos.
Um passeio por bares badalados de São Paulo basta para provar que a Audi já domina o terreno que até pouco tempo era da BMW.
"A BMW já virou carne de vaca, todo mundo tem. Perdeu a graça", arrisca Roberto Lunardelli, 26, dono de uma loja de carros importados, entre outros negócios.
Após passar por Mazda e Toyota, achou na marca alemã o seu lugar. Há uma semana, trocou sua Avant 80 por outro Audi, um A4 preto, que teria pago US$ 63 mil.
Ele diz que a imagem de uma marca nobre faz a maior diferença -ainda mais em tempos de preços altos. "O comprador do Audi continua sendo selecionado", teoriza.
Rodrigo Rubin, 27, sócio das academias Companhia Athletica, concorda literalmente com Lunardelli. "BMW virou carne de vaca, é um carro cafona", diz o dono de um Audi A6 prata.
Os números de importação também provam o sucesso da Audi. Segundo a Abeiva (associação dos importadores oficiais), a marca está entre os automóveis importados de luxo mais vendidos no país.
Entre janeiro e fevereiro de 95, a marca alemã dos quatro anéis totalizou 741 modelos vendidos, 38 a menos do que a BMW, que somou 779. A tradicional Mercedes-Benz, concorrente direta, alcançou meros 385 automóveis.
Nada mal para uma marca que chegou ao Brasil em abril de 94, quase desconhecida do público. Nesse mês, a BMW -confortavelmente instalada no mercado desde 90- era uma das campeãs de vendas, com 313 unidades.

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