São Paulo, segunda-feira, 3 de abril de 1995
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Sem cola na cadeira; Palmatória; Pedra no caminho; Terra firme; Fixação; De volta; Afiado; Talheres; A lógica; Cotas caras

DE VOLTA

Sem cola na cadeira
Pessoas próximas a FHC dizem que o presidente viu uma vantagem na saída de Muylaert: vai mostrar ao primeiro escalão que, apesar de o governo estar no início, ninguém tem cadeira cativa.

Palmatória
FHC anda impaciente com o ritmo de boa parte de seu governo. Círculos próximos ao presidente estão convencidos de que vem por aí um período de cobrança sobre ministros e auxiliares graduados. Coisa que não ocorreu até agora.

Pedra no caminho
O publicitário Geraldo Walter é o preferido de FHC e Sérgio Motta para substituir Muylaert. O empecilho à nomeação é a dificuldade que surgiria para a sua empresa, a DM9, manter qualquer contrato com o poder público.

Terra firme
Ao ver o tempo fechado, Gustavo Krause preferiu não embarcar ontem com a comitiva de FHC para visitar um projeto turístico no interior do Amazonas. "Respeito muito o meu instinto", comentou o ministro do Meio Ambiente.

Fixação
Paulo Tarso Flecha de Lima, embaixador em Washington, acha que entre os pontos altos da visita de FHC aos EUA este mês "estarão os encontros que o presidente vai manter para discutir a crise do sistema financeiro internacional".

A razão oficial será sempre sua atividade na iniciativa privada. Mas o ex-senador tucano José Richa deve estar em Brasília amanhã também para matar as saudades do contato com a política e com os amigos no Palácio do Planalto.

Afiado
Ex-ministro do Planejamento, o senador Beni Veras (PSDB-CE) anda preocupado com os cálculos do governo: "Não sei de onde o Serra vai cortar R$ 9,5 bilhões. Só se tirar o osso", avalia.

Talheres
Wigberto Tartuce (PP-DF) disse a FHC que os deputados novatos gostariam de um contato maior com o Planalto. "Marque um jantar que eu comparecerei", respondeu o presidente, que precisa dos votos para a reforma.

A lógica
Dentro da Fazenda ouviu-se a seguinte frase sobre o aumento das tarifas para importados: "É bom você não estar desesperado e tomar uma medida como se estivesse". Falta explicar para o mercado que não há desespero.

Cotas caras
Pensou-se em usar cotas para não elevar as tarifas de importação. Mas a Organização Mundial de Comércio não recomenda. E, pior, o governo teria que sofrer o ônus de administrar o rateio dos itens a serem trazidos do exterior.

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