São Paulo, quinta-feira, 6 de abril de 1995 |
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Previdência leva manifestantes às ruas
DA REDAÇÃO Manifestações contra as reformas pretendidas pelo governo Fernando Henrique pipocaram ontem em todo o país. Houve protestos em Brasília, Rio, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e diversas outras capitais do país. O fim da aposentadoria por tempo de serviço, pretendida pelo governo, foi o grande mote do protesto.A CUT comandou as manifestações. Ontem, em São Paulo, ao discursar para uma platéia modesta, na praça da Sé, marcando o encerramento do dia de protesto, Vicente Paulo da Silva, presidente da entidade, se disse satisfeito com o resultado do movimento. No Rio, o protesto aconteceu na avenida Rio Branco, no centro da cidade, A PM calculou em 500 os participantes. Os organizadores falavam em 5.000 pessoas. Havia cartazes identificando movimento de estudantes, sindicalistas, aposentados e servidores públicos. Em todas as manifestações, as palavras de ordem contra outros aspectos da reforma eram tímidas. A oposição mais explícita se dá mesmo em relação às mudanças pretendidas na Previdência, o que levou o ministro da área, Reinhold Stephanes, a dizer ontem, mais uma vez, que a principal falha do governo é de comunicação, por não saber explicar direito o que pretende. Brasília A maior manifestação ocorreu, mais uma vez, em Brasília. Segundo a PM, 12 mil pessoas participaram de atos de protesto contra a reforma. Os organizadores falaram em 20 mil pessoas. Em Brasília, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) dividiu com a CUT a organização da manifestação. O ministro Paulo Renaro (Educação) chamou os manifestantes para um encontro, mas eles evitaram a conversa alegando que não tinham uma pauta escrita de reivindicações. Os protestos contra as reformas ocorrem justamente no momento em que o prórpio governo resolveu desacelerar a tramitação das mudanças, especialmente a da Previdência, alegando que as medidas precisam ser mais discutidas com a sociedade e o Congresso. O próprio governo passou a insistir na tese Educação em SP Cerca de 800 pessoas, segundo a PM, participaram do protesto organizado por vários sindicatos de funcionários e professores da rede municipal de ensino de São Paulo às 14h de ontem em frente à Câmara dos Vereadores (centro). O protesto fez parte das manifestações do Dia Nacional Contra as Reformas Constitucionais. Os manifestantes aproveitaram o ato para reivindicar unificação do piso salarial dos trabalhadores em educação no município. Texto Anterior: FHC deve adotar esquema de um governo itinerante Próximo Texto: Ato em São Paulo atrai poucas pessoas Índice |
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