São Paulo, quinta-feira, 6 de abril de 1995
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Greve da GM tem audiência hoje; interior de SP enfrenta protestos

DA FOLHA ABCD

Trabalhadores e diretores da General Motors de São Caetano participam hoje, às 15h, de uma audiência de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), em São Paulo.
Se não houver acordo, a greve pode ser julgada abusiva ainda hoje.
A paralisação entra hoje em seu terceiro dia. Cerca de 9.500 trabalhadores estão em greve e a linha de montagem está parada.
Como os trabalhadores não aceitaram a proposta de aumento real de 7,78% oferecida pela empresa, a GM entrou com pedido de dissídio coletivo no TRT.
Agora que o caso está na Justiça, a GM retirou sua proposta e vai aguardar a decisão do tribunal.
Os metalúrgicos insistem nos 20% de aumento real mais a correção da inflação acumulada desde 1º de julho, data da implantação do real.
O IPC-r (Índice de Preços ao Consumidor em real) de julho a março é de 27,11%.
O IPC-r é o índice oficial para calcular a reposição de perdas salariais ocorridas a partir da vigência do real.
Como abril é o mês de data-base da categoria, os trabalhadores têm garantido por lei o repasse do IPC-r.
A respeito da possibilidade de haver demissões caso a greve seja considerada abusiva, Aparecido Inácio da Silva, presidente do sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, disse que "é um risco a ser tomado".
Pelo segundo dia consecutivo, ontem a linha de produção da GM permaneceu parada. Nenhum automóvel foi montado.
São produzidos cerca de 500 automóveis por dia na unidade da GM de São Caetano. Nessa unidade são montados os modelos Vectra, Omega, Suprema, Monza, Kadett e Ipanema.

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