São Paulo, quinta-feira, 6 de abril de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
FHC diz que mídia é irritante, mas impede o governo de errar
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O presidente Fernando Henrique Cardoso aproveitou um jantar oferecido por uma empresa de comunicação, a RBS (Rede Brasil Sul), anteontem à noite, para revelar que a mídia (designação de meios de comunicação) às vezes o irrita."Apesar de a gente às vezes se irritar com a mídia, ela é essencial", afirmou. Para o presidente, "mesmo que seja irritante, ela está no papel dela. Ela é essencial porque ela impede o grande erro". FHC falou para uma platéia formada por deputados e senadores do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, além dos governadores Antônio Britto (RS) e Paulo Afonso (SC), ambos do PMDB. Os ministros gaúchos -Nelson Jobim (Justiça), Odacir Klein (Transportes) e Paulo Renato (Educação)- também estavam presentes. Durante o discurso improvisado, FHC defendeu as reformas na Constituição, mas condenou a imposição e manipulação de idéias. "Temos que evitar, vamos dizer com clareza, recaídas autoritárias", afirmou. Ele se referia à época do governo militar, em que o Congresso foi fechado. Carros FHC prometeu ser "duro" com as empresas que aumentarem os preços de seus produtos, como é o caso das fábricas de carros, que vêm anunciando reajuste de 12% nos preços dos automóveis. "Isto é inaceitável e não vai haver", disse. O presidente também afirmou que a população aprova as medidas contra as importações. "Ou nós salvamos o Real ou ele (o povo) perde a capacidade de viver melhor", disse. As afirmações foram feitas em entrevista à rádio Gaúcha, de Porto Alegre, após o jantar. Texto Anterior: Quem fez a lei Próximo Texto: MP não poderá ser utilizada Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |