São Paulo, quinta-feira, 6 de abril de 1995 |
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Corregedoria apura denúncia de venda de armas roubadas a PMs
CLAUDIO JULIO TOGNOLLI
Arma "fria" é a designação empregada para revólveres roubados e com seu número de fabricação adulterado. As investigações começaram nesta semana, a partir do depoimento de Carlos da Silva, 19. Ele roubou um carro, em 25 de fevereiro. Entregou-se desarmado a um comando da PM. Disse ter sido levado a um sítio, em Santo Amaro (zona sul). Ali teria sido torturado. No local, os policiais militares teriam feito contato com civis, na tentativa de obter uma arma "fria" para colocar em suas mãos, disse à Folha Carlos da Silva. Com a arma, segundo o rapaz, ele seria incriminado por ter atirado contra os policiais. O coronel Roberto Lemes da Silva, da PM, não acredita que o rapaz tenha sido torturado. "Os depoimentos tomados pelos corregedores levam a crer que a alegação de tortura esteja descaracterizada", afirmou Lemes. Hoje, às 17h, dois capitães médicos da PM entregam exame de corpo de delito realizado anteontem em Carlos da Silva -42 dias após a data em que o rapaz alega ter sido torturado. O coronel Lemes da Silva informou que as investigações da Corregedoria continuam direcionadas ao sítio onde o rapaz alega ter sido torturado. "As investigações prosseguem sem interrupção", disse. Texto Anterior: Cantor atropela e mata mulher na BA Próximo Texto: Mulheres de presos protestam em Porto Alegre Índice |
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