São Paulo, quinta-feira, 6 de abril de 1995
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Corregedoria investiga acusados de suborno

DA REPORTAGEM LOCAL

A Corregedoria da Polícia Civil e o Ministério Público paulista apreenderam anteontem à noite agendas, cheques e documentos de contabilidade nas casas de João Colososchi e Ali Nagib Daruichi, sócios do Grêmio Recreativo Trípoli, fechado na última sexta-feira.
Os policiais e promotores suspeitam que policiais e funcionários do governo Fleury recebessem propinas (dinheiro usado em suborno) dos donos do clube, onde funcionariam máquinas de videopôquer e jogo de cartas.
Segundo o promotor João Estevam da Silva, na casa do comerciante João Colososchi foram achados também 7 kg de fichas telefônicas, talões de zona azul, seis toca-ficas, relógios e faqueiros.
O promotor disse suspeitar que esses objetos sejam roubados. De acordo com ele, Colososchi afirmou que não se lembrava de quem os havia comprado. Todos os objetos foram levados para a Corregedoria da Polícia Civil.
Lá, quatro cartões com nomes de policiais do Departamento de Polícia Judiciária da Capital apreendidos no carro de Colososchi teriam desaparecido.
Até as 20h de ontem, os cartões não haviam sido achados. "A polícia quer investigar o caso, mas alguns policiais estão tentando impedir", disse Silva.
O promotor afirmou que um delegado da corregedoria é o principal suspeito de ter dado sumiço nos cartões.
"Eles serviriam para reforçar a prova já existente", afirmou a promotora Patrícia André de Camargo Ferraz.

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