São Paulo, quinta-feira, 6 de abril de 1995 |
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Ford quer incentivos para investir no país
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DE BUENOS AIRES E AGÊNCIA FOLHA O presidente da Ford do Brasil, Ivan Fonseca e Silva, disse ontem que para manter os planos de investimento (de US$ 2,5 bilhões até 1999) será necessária a adoção do modelo argentino (implementado em abril de 1991) de incentivos para o setor no Brasil.A proposta consiste em isentar as importações da indústria automobilística do II (Imposto de Importação), desde que as empresas exportem a mesma quantidade de dólares. Ou seja, se importar US$ 20 milhões em autopeças, as montadoras de veículos ficam isentas do imposto se exportarem US$ 20 milhões em carros. A alternativa foi apresentada ontem ao ministro Pedro Malan (Fazenda) e ao Secretário de Acompanhamento Econômico, José Milton Dallari. Neste ano, deveriam entrar no Brasil 50 mil unidades do modelo Fiesta (10 mil estão vendidas) -que é importado pela Ford da Espanha. Os números estão sendo revistos pela empresa depois que as alíquotas do II foram elevadas de 32% para 70%. O repasse do dissídio salarial de abril dos trabalhadores metalúrgicos para os preços dos automóveis, segundo ele, será discutido em maio com o governo. O maior problema agora, disse, é o aumento do custo das autopeças. Alíquotas Dallari vai receber um levantamento do número de carros importados pelo país já embarcados, parados na alfândega brasileira sem despacho ou já contratados (com o pagamento ao país de origem já feito pelas importadoras). O objetivo é avaliar a reivindicação das importadoras, que querem pagar a alíquota antiga, de 32%, para estes carros. Segunda as importadoras, se o pedido não for aceito, haverá quebradeira no setor. Fiat O superintendente do porto de Paranaguá, José Aníbal Petraglia, disse ontem que 3.000 carros importados pela Fiat do Brasil vão chegar no próximo dia 11 a Paranaguá (a 100 km de Curitiba). Segundo ele, a Fiat vai pagar a taxa de importação no valor de 70% à Receita Federal.. O governador do Paraná, Jaime Lerner (PDT), e a Fiat assinaram contrato no dia 16 de março para a utilização do porto de Paranaguá para desembarque dos carros importados da Itália. Colaboraram SÔNIA MOSSRI, de Buenos Aires, e a Agência Folha Texto Anterior: Encargos sociais no Brasil e Argentina Próximo Texto: Pensão de empresa a viúva sofre tributação Índice |
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