São Paulo, sexta-feira, 7 de abril de 1995
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Dia chuvoso prejudica 1º treino da F-1 na Argentina

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
ENVIADO ESPECIAL A BUENOS AIRES

Uma chuva insistente estragou o primeiro contato dos pilotos com a reformada pista do Autódromo Municipal de Buenos Aires, onde acontece neste fim de semana o GP da Argentina de F-1.
Ela causou o surgimento de um novo fator que pode comprometer o desempenho dos carros no primeiro treino oficial, marcado para as 13h de hoje: as poças d'água.
A pista totalmente recapeada do circuito, que passou por uma série de reformas para voltar a abrigar o GP de F-1 após 14 anos, acumulou água em diversos pontos.
Vários pilotos rodaram na pista.
A ocorrência mais grave aconteceu com o francês Olivier Panis, que perdeu o controle de seu Ligier na reta dos boxes, chocando-se de forma violenta contra uma cerca de proteção.
O piloto nada sofreu.
Também rodaram os brasileiros Pedro Paulo Diniz e Rubens Barrichello, o austríaco Gerhard Berger e o japonês Ukio Katayama.
No treino da manhã, quando não chovia, mas a pista apresentava várias poças, o francês Jean Alesi, da Ferrari, foi o mais rápido: 1min35s187.
Seu companheiro Berger fez o terceiro tempo (1min35s630), atrás do escocês David Coulthard (Williams, que marcou 1min35s515).
O resultado é o primeiro indício de sucesso dos seis novos motores que a escuderia italiana levou para Buenos Aires, testados por mais de 450 km na Europa.
Os favoritos Michael Schumacher, da Benetton, e Damon Hill, da Williams, não conseguiram boas marcas. Fizeram o sétimo e o oitavo tempos, respectivamente.
Os brasileiros também não foram bem. Roberto Moreno foi o 18º, Barrichello, o 19º, e Diniz, o 23º.
À tarde, quando a chuva caía de forma intensa, Mika Hakkinen, da McLaren, foi o mais rápido, com 1min59s458. Heinz-Harald Frentzen, da Sauber, ficou na segunda posição (1min59s532).
Por causa do tempo, apenas 18 dos 26 carros inscritos chegaram a sair dos boxes.
Com exceção das poças, no geral o circuito foi aprovado pelos pilotos. A maior preocupação será garantir uma boa posição no grid.
"A pista é estreita e os pontos de ultrapassagem são raros. Largar na frente será uma vantagem comparável ao que ocorre em Mônaco e na Hungria", disse Hill.
Ele se referiu a dois circuitos que têm pistas estreitas.
Para Rubens Barrichello, o problema não é tão grave. "É estreito, mas não dá para comparar com a Hungria e com Aida (no Japão)", disse, se recordando de outra pista estreita.

LIGUE
A partir das 15h para o Folha Informações Esporte, 900-0316, para saber sobre o treino do GP da Argentina. A ligação custa R$ 1,17/min e o serviço funciona em SP

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