São Paulo, sábado, 8 de abril de 1995
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Programa tenta baixar mortalidade infantil

ALEXANDRE SECCO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo lançou ontem, Dia Mundial da Saúde, um programa para, nos próximos quatro anos, baixar em 50% a mortalidade infantil em 550 cidades e bolsões de pobreza das capitais.
Ao anunciar o programa, o ministro da Saúde, Adib Jatene, não tinha duas informações: de onde vai sair o dinheiro para executar o plano e qual é a relação das 550 cidades que serão beneficiadas.
Para atingir sua meta, o governo avalia que precisa investir R$ 2 bilhões ao ano. Segundo Jatene, o governo já tem assegurados R$ 850 milhões para o primeiro ano.
Quanto ao resto do dinheiro, o governo tentará emprestar do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e da CEF (Caixa Econômica Federal). Os empréstimos estão sendo estudados.
O governo tentará ainda convencer os empresários a investir em um fundo destinado à programas de saneamento básico. O governo não forneceu qualquer detalhe sobre como funcionaria tal fundo.
Para efeito de comparação, esse dinheiro (R$ 2 bilhões) basta para manter por três meses todo o sistema público de saúde do governo federal -incluindo internações e ambulatórios.
O fato é que nem as internações e atendimentos ambulatoriais o governo vem conseguindo pagar em dia. Houve atraso nos pagamentos de janeiro a março.

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