São Paulo, sábado, 8 de abril de 1995
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Alíquota para carros é mantida em 70%

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo não vai atender a reivindicação das empresas importadoras de carros e manterá em 70% a alíquota do II (Imposto de Importação) para todas os modelos que não foram liberados pelo serviço alfandegário brasileiro até o dia 30 de março.
Esta já é uma decisão de governo, informou ontem o secretário da Receita Federal, Everardo Maciel.
O decreto que aumentou a alíquota de II de 32% para 70% para uma lista de 109 produtos, entre eles automóveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, passou a vigorar a partir do dia 30 de março, quando foi publicado no "Diário Oficial da União".
Com a decisão do governo, os automóveis que já estavam no Brasil a partir do dia 30, mas não haviam sido liberados pela Receita Federal, pagarão a alíquota de 70%.
Os representantes das empresas importadoras de veículos estiveram com o secretário de Acompanhamento Econômico, José Milton Dallari, no início desta semana, solicitando o pagamento da alíquota de 32% para contratos fechados antes da publicação do decreto e também para unidades embarcadas de outros países.
O presidente da Abeiva (associação com 31 empresas filiadas), Emílio Julianelli, pediu a liberação de 50 mil veículos com alíquota de 32%.
No encontro com Dallari, Emilio Julianelli disse que se o pedido não fosse atendido haverá desemprego no setor, com a eliminação de 60% dos 25 mil empregos diretos.
A Abraciva, uma dissidência da Abeiva, ameaçou com uma "quebradeira" das 60 empresas importadoras filiadas e a entrega dos carros aos bancos como forma de pagamento dos avais de financiamento.

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