São Paulo, sábado, 8 de abril de 1995
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Indústrias negam aumento de preços

FRANCISCA RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL

As indústrias de massas e biscoitos negam os aumentos de preços alegados pelos supermercados.
A indústria de biscoitos comprovou, através de tabela de 23 de janeiro último, que não houve aumento de preços desde essa data, quando os produtos que fazem parte da cesta básica (cream craker, por exemplo) foram reajustados em até 5%.
"Vamos analisar esse aumento que os supermercados dizem estar havendo", disse Dallari após encontro com a indústria de alimentos. "Teremos outra reunião com os supermercadistas e as indústrias para apurarmos os fatos", afirmou Dallari.
Edmundo Klotz, presidente da Abia (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos), disse que a explicação para a alta alegada pelos supermercados poderia ser a retirada dos descontos concedidos pelas indústrias. "O mercado está recessivo e não dá para manter os descontos."
Ele informou, porém, que foram constatadas algumas distorções nas tabelas de duas empresas de massas. Essas empresas aumentaram os preços em 5,6%, em média, em março.

Pedidos
Durante a reunião, Dallari prorrogou até 31 de dezembro deste ano, a alíquota zero para importação de máquinas e equipamentos sem similar nacional -um pleito das indústrias de alimentos.
Foi solicitado também ao secretário, uma linha de crédito às indústrias para carregamento de estoque de polpa de tomate. "A diretoria do Banco do Brasil vai analisar o pedido", disse Dallari.
Os empresários pediram ainda, a redução da alíquota de importação para os ácidos cítricos (conservante natural utilizado em medicamentos e dentifrícios, entre outros).
Também querem a isenção de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para embalagens. Dallari disse que vai manter a alíquota de importação reduzida para esses produtos sem similar nacional e vai encaminhar a questão do IPI para análise da Secretaria da Receita Federal.
"Isso vai evitar a pressão sobre o preço", afirmou Klotz.

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