São Paulo, sábado, 8 de abril de 1995
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Andretti domina 1º dia na Indy

MAURO TAGLIAFERRI
ENVIADO ESPECIAL A LONG BEACH

Os carros da equipe Newman/Haas foram os mais rápidos no primeiro treino livre para a quarta etapa do campeonato 95 da Indy.
Ontem de manhã, no circuito de rua de Long Beach, na Califórnia (EUA), o norte-americano Michael Andretti e o canadense Paul Tracy superaram todos os seus adversários.
Andretti fez a melhor volta da sessão. Percorreu a 1,59 milha (cerca de 2,5 km) do circuito californiano em 53s066.
Tracy, o atual líder do campeonato com 32 pontos, conseguiu o segundo giro mais rápido, com 53s126. O canadense já venceu uma prova na temporada 95 (Austrália).
Em Phoenix, no último domingo, chegou em quarto lugar. Com os resultados, compensou a estréia desastrada em Miami, onde bateu na primeira volta.
Já Andretti ainda não conseguiu vencer, embora tenha se mostrado o mais rápido nos treinos em circuitos mistos.
Andretti foi o pole position em Miami e em Surfers Paradise (Austrália), mas bateu nas duas corridas. No oval de Phoenix, chegou em segundo lugar.
"Acho que temos um bom carro tanto para as pistas ovais como para as de rua", disse o norte-americano.
"Estava muito satisfeito com meu carro em Phoenix, assim como estou feliz com ele aqui", acrescentou Andretti.
Em relação à equipe, ele se limitou a dizer que está "feliz por trabalhar com a Newman/Haas". E admitiu que seu companheiro de equipe é o adversário que mais o preocupa atualmente.
"Tracy tem o mesmo equipamento que eu, é um piloto rápido e é com quem tenho de tomar cuidado agora", disse ele.
O compatriota de Andretti, Scott Pruett, da Patrick Racing, um dos vice-líderes do campeonato com 30 pontos, foi o terceiro piloto mais rápido ontem de manhã.
Entre os brasileiros, Maurício Gugelmin, da Pacwest, fez o melhor tempo, com o quarto giro mais rápido da sessão (leia texto nesta página).
Depois dele, Gil de Ferran, da Hall Racing, foi o brasileiro melhor colocado, com o tempo de 53s895, o décimo do treino livre.
"Comecei a sessão com o carro reserva, que estava melhor. Mas tive problemas de transmissão e precisei trocar para o carro principal", contou o corredor.
Mesmo considerando o carro principal inferior ao reserva, Ferran obteve sua melhor volta justamente com o primeiro.
"No finalzinho do treino eu fui achando o caminho das pedras. Mas o carro está com o acerto ruim e não traciona bem na saída das curvas", disse ele.
Logo atrás dele na classificação vem Raul Boesel, da Rahal/Hogan (53s937).
Boesel levou um susto na metade final do treino. O brasileiro errou a tomada de uma curva e passou reto.
Ao manobrar para voltar à pista, o chileno Eliseo Salazar perdeu o controle de seu carro, rodou e bateu na proteção de pneus, próximo de Boesel.
"Assustei quando vi o carro se aproximando. Sorte que ele nem tocou em mim", disse Boesel.
Quanto a seu carro, Boesel disse que ele "pode melhorar". "Falta aderência na frente do carro e isso complica na entrada das curvas", explicou.
Emerson Fittipaldi também passou reto numa curva durante o treino de ontem. A caixa de câmbio do Penske do brasileiro travou e provocou o erro.
O brasileiro terminou a sessão com o 13º tempo, na casa dos 54s110.
Com problemas na válvula do turbo, Christian Fittipaldi, da Walker, obteve o 16º melhor giro da manhã, com 54s158.
O corredor, que faz sua primeira corrida em Long Beach, afirmou que sua adaptação à pista "não foi difícil".
Com o 17º giro mais rápido, ficou André Ribeiro, da Tasman. "O carro ainda não está bom", afirmou o brasileiro.
"O principal problema que temos que resolver para o treino da tarde é a falta de tração na saída das curvas de baixa velocidade", afirmou o piloto.
No final da sessão, Ribeiro ainda tocou de leve o muro de proteção. "Não foi nada fora do normal e o carro não foi comprometido", disse.
POr fim, o estreante na temporada, Marco Greco, sofreu com os problemas elétricos de seu Galles.
Por duas vezes, o treino parou porque o seu carro "apagava" no meio do circuito.
"O motor parava de funcionar no meio da reta. Perdemos muito tempo do treino por causa desse problema e isso é ruim, porque não dá para acertar o carro", disse o brasileiro.

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