São Paulo, domingo, 9 de abril de 1995
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Penhor de jóias é opção para crédito

CLÁUDIA PIRES; FIDEO MIYA
DA REPORTAGEM LOCAL

Penhorar jóias na Caixa Econômica Federal (CEF) é uma das saídas para quem precisa de dinheiro com urgência e não quer fazer empréstimo em banco e muito menos em agiotas.
No Brasil existem 200 postos da CEF para penhora de jóias, 13 deles localizados em São Paulo.
Uma das vantagens é que se pode tomar emprestadas quantias abaixo de R$ 100 a um custo financeiro de 7,60% ao mês -incluindo juros e taxa de seguro- por um prazo de 63 dias.
Segundo a assessoria de imprensa da CEF, cerca de 22 mil novos contratos são realizados a cada mês, apenas na região da Grande São Paulo e Baixada Santista.
O penhor pode ser feito em duas faixas: até R$ 100 e acima de R$ 100. Na primeira faixa, os juros mensais são de 5,66% e na segunda, de 6,98%. Os prazos para contrato podem ser de sete, 14, 28, 42 e 63 dias.
Além dos juros, a CEF cobra uma taxa de seguro para cobertura de danos e roubos. Ela varia entre o coeficiente mínimo de 0,0025 para sete dias e o máximo de 0,02 para 63 dias, aplicado sobre o valor do contrato.
A jóia é avaliada e o proprietário poderá retirar até 70% do valor do objeto penhorado. O valor mínimo é 30%.
Um detalhe importante é que tanto os juros quanto o seguro são cobrados no início do contrato.
Por isso, para um prazo de 63 dias, o custo financeiro total da penhora varia de 7,60% a 9,41% ao mês, quando calculado sobre o valor líquido retirado, isto é, a quantia inicial da dívida menos o juro e o seguro.
Segundo pesquisa feita pela Folha, as taxas cobradas no crédito pessoal variam de 6,15% a 14,80% ao mês. No cheque especial, os juros são mais salgados: vão de 14,20% a 16,80% ao mês.
Se a pessoa não pagar a dívida, a jóia vai a leilão depois do vencimento.
A Caixa Econômica Federal realiza nove leilões em média por mês, negociando 150 lotes de jóias em cada um.
Todas as jóias são reavaliadas antes de ir a leilão e esse valor é usado como lance mínimo. Do valor conseguido com o leilão, a CEF desconta a dívida mais 5%. O restante é devolvido aos antigos proprietários.
Os proprietários são avisados previamente da data do leilão. Até o momento da venda, a pessoa ainda tem a possibilidade de resgatar a jóia.
Segundo Aparecida Kikara Caruso, 34, gerente do posto da CEF na avenida Paulista, os dias de maior movimento são os de remessa de jóias -quando o material é encaminhado para leilão- e nos fins de mês.

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