São Paulo, domingo, 9 de abril de 1995 |
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Câmara italiana desenvolve programa de joint venture
DA REDAÇÃO Estão crescendo as chances de empresas brasileiras entrarem no mercado europeu. A Empresa Júnior da FGV (Fundação Getúlio Vargas) está com parceria formada com a uma escola de Paris (veja texto ao lado) e a Câmara de Comércio Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria - São Paulo está desenvolvendo o "Projeto Especial Joint Venture".A joint venture consiste na associação de empresas para explorar determinados negócios, sem que as empresas percam suas razões jurídicas. A associação não precisa ser, necessariamente, definitiva. O projeto procura dar assistência para empresários de pequeno, médio e grande portes interessados em formar parcerias. Dependendo das necessidades dos empresários, uma assessoria interna da Câmara busca possíveis parceiros, cruzando informações com a entidade e com empresas. Estão cadastradas 500 empresas. "Após a procura dos possíveis parceiros, a Câmara faz um dossiê com informações detalhadas sobre as empresas interessadas nas propostas dos empresários brasileiros", diz Edoardo Pollastri, 60, vice-presidente da entidade. Esse dossiê pode demorar até 180 dias para ser finalizado, custando entre US$ 2.000 e US$ 5.000 (entre R$ 1.780 e R$ 4.450). No dossiê são abordados pontos como desenvolvimento das atividades de importação e exportação; licenciamento, produtos e serviços; e transferência de tecnologia. São pesquisados ainda o mercado consumidor, produtos, equipamentos, distribuição, regulamentações e formação da associação. Segundo ele, a Câmara acompanha o desenvolvimento do projeto até o final. "Nossa atuação não está limitada na apresentação dos interessados. O acompanhamento é feito até a venda do produto." Além da formação de parcerias, a Câmara realiza ainda consultas básicas a pessoas e empresas ligadas ou não à Câmara. Lidia Tarozzi Dominici, 50, secretária-geral da Câmara, diz que a entidade chega a receber de 15 a 20 consultas por dia -que custam R$ 1,00 para associado e R$ 3,00 para não-associados. O Sipri (Sistema de Promoção de Investimentos e Transferência de Tecnologia para Empresas), do Ministério das Relações Exteriores, também possui um banco de dados com empresas estrangeiras para a formação de parcerias ou joint ventures. O serviço existe há dois anos e tem parte dos recursos financiados pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). O Sipri não se responsabiliza pela união. "O Ministério das Relações Exteriores não é um avalista das associações, só apresenta as partes interessadas", diz Fernando Augusto de Andrade Loureiro, 32, diretor do programa. PARA SABER MAIS: Câmara Ítalo-Brasileira - tel. (011) 285-3955; Ministério das Relações Exteriores - (061) 322-0836. Texto Anterior: Mercado tem muita procura e pouca oferta Próximo Texto: FGV faz associação com escola de Paris Índice |
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