São Paulo, segunda-feira, 10 de abril de 1995
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Entidade tem déficit mensal de R$ 50 mil

DA REPORTAGEM LOCAL

A direção da CUT diz que a central gasta 20% a mais do que arrecada. Seu déficit gira em torno de R$ 50 mil mensais. Mas a atual executiva se diz disposta a superar a tradição de operar no vermelho.

Imposto sindical
Por esses cálculos, a previsão de equilíbrio só ficaria comprometida se a legislação acabasse com o imposto sindical.
Ele é o equivalente a um dia de trabalho para todos os integrantes de determinada categoria, sejam eles filiados ou não ao sindicato.
Formalmente, a CUT se opõe a esse imposto. Mas não chega a fazer lobby para suprimi-lo.
Sem o imposto sindical, cairiam as receitas dos sindicatos e em consequência também os recursos que eles repassam para a central.
Há também, dentro da CUT, a previsão da diminuição do dinheiro que chega do exterior (17,8% da receita no ano passado).
Os sindicatos alemães, que foram durante anos grandes fornecedores de fundos, passaram a optar pela ajuda a sindicatos dos países ex-comunistas da Europa Oriental.
A CUT não tem registrado em seu nome qualquer patrimônio. Ou melhor, apenas um Volkswagen Voyage 1990 e seus móveis e equipamentos de escritório.
A sede da Executiva Nacional custa R$ 8.500 por mês entre aluguel e condomínio. Mas o imóvel pertence ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, filiado à CUT. Foi um negócio em família.
A central também não paga salários para 19 de seus 25 dirigentes. Eles são remunerados pelos sindicatos ou empresas de origem, que são geralmente estatais.
Os que recebem da CUT ganham R$ 925 por mês. O menor salário pago pela central, de um auxiliar de escritório, é de R$ 180.

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