São Paulo, segunda-feira, 10 de abril de 1995
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Sabesp investe este ano só 10% do necessário

DANIELA FALCÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Sabesp pretende investir este ano R$ 240 milhões na ampliação e modernização de sua rede. A diretoria da empresa afirma que é pouco e diz que para resolver o problema de abastecimento seria preciso investir dez vezes mais.
"O Estado está falido e por isso só vamos fazer obras emergenciais para amenizar a falta de água nas regiões submetidas a rodízio permanente", afirma Antônio Marsiglia Netto, diretor de operações metropolitanas da Sabesp.
Para decidir onde aplicar os R$ 240 milhões previstos, a empresa listou as regiões em que há falta de água constante e escolheu aquelas onde o problema poderia ser resolvido a curto prazo.
Até o final do ano, 16 obras deverão estar concluídas. Os principais beneficiados serão os 360 mil moradores de Guaianazes (zona leste de São Paulo), Itapevi e Arujá (Grande São Paulo), que vivem sob rodízio permanente e devem ter o abastecimento normalizado.
Outro problema que a Sabesp pretende resolver a curto prazo é a demora na realização de novas ligações. A cada ano, deveriam ser realizadas 80 mil ligações para acompanhar o crescimento da população da cidade de São Paulo.
Entretanto, a Sabesp só consegue fazer a metade (40 mil). A espera média por uma ligação de água hoje é de seis meses. O objetivo da empresa é reduzir a espera para 15 dias até o final de 1996.
A manutenção dos canos que transportam a água das estações de tratamento para as residências também será intensificada para diminuir o nível de perdas.
Hoje, a Sabesp perde 44% da água que produz em vazamentos (devido à falta de manutenção) e roubo (falta de fiscalização).
No prazo de um ano, a empresa pretende reduzir o índice de perdas para 34%. Até o fim do governo Covas, em 98, a meta é reduzi-las para 18%.

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