São Paulo, segunda-feira, 10 de abril de 1995
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Partida tem dois momentos táticos distintos

DA REPORTAGEM LOCAL

O clássico de ontem teve dois momentos táticos distintos: até a metade do primeiro tempo, quando o São Paulo se impôs, e a partir daí, quando o Santos dominou.
No início da partida, o time são-paulino simplesmente não permitiu que o adversário se aproximasse do seu gol.
Com seus três volantes (meias defensivos), Mona, Axel e Donizete, tomando conta do meio-campo, o São Paulo chegava à área do Santos através de tabelas pelas laterais do campo.
Além disso, a defesa santista se colocava mal e dava espaços para o ataque são-paulino mexer a bola e finalizar.
O gol de Bentinho, aos 10min, foi produto de um lance típico dessa fase da partida.
A partir dos 25min, porém, o Santos passou a utilizar o lado direito do seu ataque, onde o veloz Macedo levava nítida vantagem sobre o zagueiro Murilo, improvisado de lateral-esquerdo.
Os meias Jamelli e Marcelo Passos também começaram a tabelar, abrindo espaços na defesa são-paulina.
No segundo tempo, o meio-campo do São Paulo conseguiu dar maior proteção ao seu lado esquerdo, dificultando a criação de jogadas pelo Santos.
O São Paulo tentava os contra-ataques, sempre puxados pelo meia Juninho.
O problema é que Juninho não tinha com quem jogar, já que os volantes -sobretudo após a expulsão de Mona- não avançavam para ajudá-lo.
Com isso, o meia era obrigado a carregar a bola e, na maioria das vezes, acabava desarmado.
Como o São Paulo tinha pouco poder ofensivo, mas marcava bem o Santos, o jogo acabou tendendo para o empate.

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