São Paulo, segunda-feira, 10 de abril de 1995
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ROCK DE GARAGEM

MARCEL PLASSE
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Não existe tradição de bandas reveladas em concursos no país. Mas a molecada que entope os correios com "demos" (fitas gravadas pelo próprio grupo), enviadas às competições do gênero, não querem saber das estatísticas.
O que interessa é o sonho: o rock'n'roll.
Na semana passada, o Skol Garage Band deu 15 minutos de fama ao grupo Pompéia 1895.
O vocalista Márcio Dualibi largou o emprego na montadora Ford, no ano passado, para se dedicar ao sonho. Pagou as "demos" e trocou a profissão de engenheiro por uma guitarra.
Como ele, integrantes de quase 700 bandas enviaram fitas para o Skol Garage Band. A maioria imaginando um desfecho feliz. Os 12 que chegaram à final já acharam ótimo entrar numa coletânea em CD da Sony Music.
Um CD é o objeto do desejo de toda a banda. Mas o disco, previsto no concurso, foi gravado ao vivo, durante a apresentação dos finalistas. Na base do "um-dois-errei-tá-bom".
"Ao menos, voltamos a tocar", disse Regis, vocalista do Speedy Gonzales, que não se apresentava desde que a casa noturna Der Tempel fechou as portas, há um ano e meio.
Mas teve banda com excesso de expectativas. "Mãe, um cara da Sony quer nos contratar", dizia um candidato, num "orelhão" próximo ao Cha Cha Cha (local do concurso).
Em maio, começa um novo concurso: o Festivalda. Mais "demos" e mais sonhos. Mas ainda nenhum contrato.

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