São Paulo, terça-feira, 11 de abril de 1995
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Igreja argentina admite omissões na ditadura

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Igreja Católica argentina manifestou "remorso" por não ter feito o suficiente para evitar derramamento de sangue durante a ditadura militar (1976-83).
"Carregaremos em nossas consciências pelo resto de nossas vidas o arrependimento por não ter feito mais para evitar que jovens escolhessem a violência da guerrilha e para evitar que os repressores cometessem aberrações contra os direitos humanos", diz nota assinada por cinco bispos.
A nota respondia à denúncia, feita por um ex-oficial da Marinha, de que os militares que atiraram presos políticos ao mar desde aviões eram confortados por capelães após os "vôos da morte".
Duas mulheres acusaram seus maridos, ex-policiais, de torturas e assassinatos na "guerra suja".
Mirta Cabrera de Heckesser, 35, disse que seu marido, Augusto, a agrediu quando ela sugeriu que ele admitisse publicamente ter sequestrado 360 pessoas. Ele negou tudo.
Outra mulher pediu dinheiro a jornais para denunciar seu marido.

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