São Paulo, sábado, 15 de abril de 1995
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Sindicato dos domésticos quer aumento para todos

Para Sindicato patronal, aumento pode gerar desemprego

DA REPORTAGEM LOCAL

Erramos: 17/04/95
Foi publicada por engano uma foto da cantora Marlui Miranda em lugar de foto da presidente do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos no Município de São Paulo, Cassilda Gomes Pimenta, à pág. 2-3 de Dinheiro de 15/04. A foto correta de Cassilda Pimenta está ao lado.
Os empregados domésticos que já recebem R$ 100 ou mais por mês também devem ter o reajuste integral de 42,86% a partir de 1º maio.
A reivindicação é feita por Cassilda Gomes Pimenta, 53, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos no Município de São Paulo. Ela entende que se o empregado já ganha R$ 120 por mês, por exemplo, deve ter o reajuste de 42,86%.
"O empregado doméstico é um trabalhador como outro qualquer e tem direito ao reajuste integral. A sociedade brasileira precisa deixar de ver o doméstico como um serviçal. Temos nossos direitos e queremos vê-los respeitados", afirma.
Se o empregador já paga R$ 100 ou mais e se recusar a dar o reajuste, Cassilda entende que o empregado não deve abrir mão desse direito. "Quem não pode pagar que demita o empregado e pague seus direitos", diz.
Desemprego
O aumento do mínimo para R$ 100 pode trazer desemprego para os empregados domésticos, segundo Margareth Galvão Carbinato, 41, presidente do Sindicato dos Empregadores Domésticos do Estado de São Paulo. "Todo aumento do mínimo acaba assustando o empregador".
Para Margareth, o problema é que muitos empregadores pensarão que são obrigados a dar o reajuste. Ela entende que não há essa obrigação para quem já paga R$ 100 ou mais.
Quem registrou o empregado doméstico com salário em número de mínimos está obrigado a dar o reajuste.

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