São Paulo, sábado, 15 de abril de 1995 |
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Argentina fecha mais 5 bancos
SÔNIA MOSSRI
O ministro da Economia da Argentina, Domingo Cavallo, anunciou ontem a criação de seguro para depósitos bancários a partir da próxima terça-feira. O Banco Central informou no início da noite a suspensão por 30 dias de cinco bancos. O Banco Integrado Departamential, Banco Crédito Luso, Interbonus Financiera, Pecunia e Taurobela Financiera não abrirão as portas na segunda e deverão ser fechados posteriormente pelo BC. O seguro bancário somente cobrirá qualquer tipo de depósito de bancos que venham a ser fechados a partir da próxima terça-feira até o valor de US$ 10 mil, desde que sejam aplicações de até 90 dias. Isto quer dizer que correntistas de bancos que fecharão na segunda não terão a nova garantia criada ontem. O novo seguro é privado e os bancos terão que injetar recursos para formar o mecanismo. Neste caso, os clientes terão que esperar o prazo de 30 dias para ver se conseguem obter até o teto máximo de US$ 5 mil, garantidos por depósitos destas instituições junto ao BC. Na prática, isto não tem funcionado até agora. Cavallo tenta conter a crise de falta de recursos para pagar as aplicações financeiras, que envolve 40 bancos, até as eleições de 14 de maio, quando o presidente Carlos Menem disputa um segundo mandato. No início da manhã, Cavallo falou no fechamento de dez bancos na segunda. A interferência política da Presidência da República sobre o Banco Central reduziu este número para apenas cinco instituições. Depósitos e operações financeiras superiores a 90 dias, aplicações praticamente inexistentes hoje na Argentina, terão garantias até US$ 20 mil. Preocupado com o efeito da crise bancária sobre os eleitores, Cavallo usou cadeia nacional de rádio e televisão para anunciar o seguro e criticar os candidatos a presidente pela oposição. Texto Anterior: OS PRINCIPAIS PONTOS DO PACOTE JAPONÊS Índice |
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