São Paulo, sábado, 15 de abril de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
André Abujamra dá salto tecnológico
HAROLDO CERAVOLO SEREZA
André formou na década de 80 com Maurício Pereira o duo Os Mulheres Negras. Durante o período de quase nove anos em que estiveram junto, André e Pereira eram cultores do que chamavam de "low-tech" (baixa tecnologia, em oposição a high-tech, alta tecnologia) ou "tecnoporco". Explicando: a dupla adorava equipamentos eletrônicos de baixa resolução de som. A guinada de André veio depois da dissolução do Mulheres. André passou a preparar trilhas sonoras para teatro e cinema em um computador Atari. Hoje tem uma produtora de som, que realiza trabalhos para agências de publicidade, no Alto de Pinheiros (zona oeste). Uma das salas da produtora é o seu estúdio, onde está o Macintosh. Entre os clientes mais recentes de André, estão os Postos Petrobrás, a Folha (ele fez a trilha sonora do CD-Rom "Folha 94") e a atriz e diretora Carla Camurati, para quem fez a trilha do filme "Carlota Joaquina". Segundo André, o número de músicos do Karnak (nome de templo do Alto Egito), 12, dificultaria gravações conjuntas. Assim, sob o seu comando, cada um dos músicos gravou separadamente. Durante seis meses de gravação e edição, diz, não houve um único ensaio para o disco. Com a produção e os arranjos na mão de André, nenhum dos outros músicos tinha idéia do resultado. Com três programas de edição de som, André deixou o disco praticamente pronto. A mixagem final, a partir de sua produção, foi feita em um grande estúdio. Apesar da mudança de "low-tech" para Macintosh, André não renega os tempos do Mulheres. "Sempre achei que a tecnologia ajuda música, mesmo que seja uma tecnologia podre." Texto Anterior: Grande Espírito traz sabedoria Próximo Texto: Como vai você, GERAÇÃO X? Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |