São Paulo, sábado, 15 de abril de 1995
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Combates ameaçam negociações entre governo e rebeldes tadjiques

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Negociações entre governo e rebeldes no Tadjiquistão, marcadas para segunda, estão ameaçadas pela escalada de violência no país.
Houve ontem novos relatos de combates na região de Gorno-Badakhshan (leste do país, perto da fronteira com o Afeganistão).
Rebeldes islâmicos fugiram para território afegão após derrota para o governo tadjique em 1992. O Tadjiquistão pediu na época auxílio militar à CEI (Comunidade dos Estados Independentes).
Criada com o colapso da União Soviética em 1991, a CEI reúne 12 ex-repúblicas soviéticas.
Ela enviou cerca de 25 mil soldados à região, sob comando de tropas russas, para monitorar a operação dos rebeldes a partir de bases no Afeganistão. Os rebeldes não reconhecem a legitimidade do governo apoiado pela Rússia.
O Afeganistão se queixou às Nações Unidas, acusando a Rússia de bombardear seu território no combate aos rebeldes. A Rússia nega os bombardeios.
Foram marcadas conversações em Moscou na segunda-feira. Mas um porta-voz do Tadjiquistão afirmou que elas são improváveis.
Líderes da oposição tadjique afirmaram concordar em negociar se a Rússia reconhecer um cessar-fogo de 1994 e retirar tropas.
O governo do Tadjiquistão disse que morreram 30 oposicionistas em combates. No Afeganistão, observadores falavam em 125 civis mortos por bombardeios russos.
O presidente da Rússia, Boris Ieltsin, voltou a afirmar ontem sua intenção de fornecer auxílio militar ao governo tadjique.

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